10.5.11

Pé na lama

Há diversos modos de estudar doenças tropicais. Hoje podemos cultivar diversos agentes infecciosos no laboratório e realizar muitos experimentos com esse material. Podemos também utilizar animais de experimentação para elucidar diversos aspectos das doenças humanas que não poderiam ser investigados diretamente no homem. Essas abordagens produzem conhecimento fundamental sobre os agentes infecciosos e as doenças que eles podem causar.

Mas, pensando na formação de novos pesquisadores em doenças tropicais, em um país onde muitas delas ainda são muito comuns, nada substitui o simples ato de colocar os pés na lama e estudar as doenças tropicais no próprio contexto em que elas ocorrem.

Educação em saúde

Muitas doenças tropicais ocorrem simplesmente porque a maioria das pessoas não sabe como previni-las. Conhecer o modo de transmissão de doenças é o primeiro passo para aderir a medidas de prevenção e controle.

Simone L. Andrade (Fiocruz) ministra aula sobre leishmanioses no Ramal do Carlão, Acrelândia, 2008.
Vanessa Nicolete ministra aula sobre malária no Ramal do Remansinho, Amazonas, 2010.
Amanda Gozze ministra aula sobre malária no Ramal do Remansinho, Amazonas, 2010.
Carlos Cavasini (FAMERP) ministra aula sobre parasitoses intestinais no Ramal do Remansinho, Amazonas, 2010.

Caminhos

Distâncias amazônicas. Caminhos de terra, muitas vezes cheios de lama. Calor. Mas muita coisa bonita pelo caminho.
Ramal da Castanheira, Amazonas.
Rumo ao Ramal do Remansinho, divisa entre Rondônia, Amazonas e Acre.

Ramal do Carlão, Acrelândia.
Ramal do Carlão, Acrelândia

BR-364, entre Rondônia e Acre.
Fortaleza do Abunã, Rondônia.
Caminhando pelo Remansinho, Amazonas.


Samaúma na Reserva Porto Dias, Acrelândia


Rodovia BR-364, entre Rondônia e Acre.

Muito trabalho

A pesquisa de campo sobre malária e outras doenças tropicais em Acrelândia e comunidades rurais de seu entorno envolve visitas domiciliares, entrevistas, exame físico, coleta de amostras de sangue para exame e eventuais atendimentos médicos. A cada quatro meses, desde março de 2009, uma equipe completa desloca-se de São Paulo para o ramal do Remansinho, município de Lábrea, Amazonas, para examinar toda a população da área.



Da Oscar Freire ao Remansinho

No final de 2008, um novo veículo de campo foi incorporado ao trabalho: um Pajero TR4 2007/2008, acostumado a circular pelos Jardins, em São Paulo, iniciou sua carreira no Acre. Desde então, já circulou bastante pelo Ramal do Remansinho, nossa área de campo atual, no sul do Amazonas. São 240 km para percorrer por dia, desde Acrelândia; metade do trajeto na terra ou lama, dependendo da estação do ano.

O bravo samurai

Um jipe Suzuki Samurai, fabricado no Japão em 1997, vem servindo como nosso veículo de campo desde 2004. Pequeno mas valente, vem enfrentando todos os desafios dos caminhos amazônicos. Aqui vai uma pequena amostragem.