Formação de alunos

Desde o início dos estudos sobre malária em Acrelândia, numerosos estudantes de pós-graduação estiveram diretamente envolvidos nas atividades de campo.

A médica Mônica da Silva Nunes abriu o trabalho de campo no Ramal do Granada, a 50 km de Acrelândia, em março de 2004. Mônica estudou a epidemiologia da malária nesse assentamento rural por dezoito meses, período em que residiu em Acrelândia. Defendeu sua tese de doutorado em 2009, recebendo por esse trabalho o Prêmio CAPES de Teses, na área de Ciências Biológicas III, em 2010. Hoje é professora do curso médico da Universidade Federal do Acre.


Parte do material biológico colhido durante esse estudo foi analisado pela bióloga Kézia Scopel em seu trabalho de doutoramento, orientado na UFMG pela Professora Érika Martins Braga. Defendida em 2007, a tese de doutoramento de Kézia Scopel recebeu o Prêmio UFMG 2008 de Melhor Tese de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Parasitologia, atribuído pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais, além de receber menção honrosa no Prêmio CAPES de Teses (área de Ciências Biológicas III) em 2009. Hoje é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora.

A bióloga Melissa da Silva Bastos também analisou parte do material colhido durante esse estudo, em seu mestrado defendido em 2007 na USP, sob a orientação da Dra. Sandra L. Moraes, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

O médico Natal Santos da Silva continuou o trabalho de campo no Ramal do Granada entre 2005 e o início de 2007, aprofundando o estudo sobre fatores de risco para a malária nesse assentamento. Analisou também padrões de resposta de pacientes com malária vivax ao tratamento habitual com cloroquina e primaquina. Defendeu sua tese de doutorado na USP em 2011.

Parte do material biológico colhido durante o estudo realizado por Mônica e Natal foi analisado por Pamela Orjuela Sánchez em seu trabalho de doutorado, defendido na USP em 2010. Pamela hoje faz estágio de pós-doutoramento em San Diego, Califórnia.

Em 2008, agora como bolsista de pós-doutoramento na USP, Kézia Scopel iniciou um amplo estudo sobre a imunorregulação na malária, em conjunto com a biomédica Raquel Müller Gonçalves. O trabalho de campo foi centrado nas cidades de Acrelândia e Plácido de Castro e na comunidade rural conhecida como Remansinho, no sul do estado do Amazonas, a cerca de 120 km de Acrelândia. Desse trabalho resultou a dissertação de mestrado de Raquel, defendida na USP em 2010; Raquel cursa atualmente o doutorado.


A Dra. Simone Ladeia-Andrade, que concluiu em 2005 seu doutorado em Medicina Tropical na Fiocruz (Rio de Janeiro) com um trabalho sobre a epidemiologia da malária no Parque Nacional do Jaú (Amazonas), veio fazer seu pós-doutoramento em nosso estudo de campo no Ramal do Granada. Simone contou com uma bolsa de pós-doutoramento da CAPES, por ter recebido o Prêmio CAPES de Teses de 2006 (área de Medicina II). Simone é hoje pesquisadora do Laboratório de Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz, Rio de Janeiro; continua realizando pesquisas de campo sobre a malária no Amazonas e no Acre.




Entre 2008 e 2009, o biólogo Paulo Rufalco Moutinho, sob orientação do Professor Paulo Eduardo Martins Ribolla (UNESP), analisou as populações de mosquitos anofelinos vetores da malária no Ramal do Granada, defendendo seu mestrado em 2010. Cursa atualmente doutorado na Faculdade de Saúde Pública da USP.


Em julho de 2009, recebemos pela primeira vez no Acre a visita de um grupo de alunos do terceiro ano do curso médico da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP. Durante 15 dias, os estudantes desenvolveram atividades de extensão universitária, sob supervisão de nossa equipe de campo, como parte de uma disciplina optativa de graduação.




Um novo grupo de estudantes de medicina da mesma faculdade e da Universidade Federal do Acre realizou atividades semelhantes em julho de 2010.




A partir de 2010, a investigação sistemática da epidemiologia da malária na comunidade do Remansinho vem envolvendo diversos pós-graduandos, como as biólogas Amanda Gozze, Vanessa Nicolete e Nathália Lima, além do biomédico Pablo Fontoura. Colaboram nesta pesquisa os professores Mônica da Silva Nunes (Universidade Federal do Acre), Carlos Eugênio Cavasini (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) e Kézia Scopel (Universidade Federal de Juiz de Fora).